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Projetos do CDTN/CNEN estão na "Vitrine Tecnológica" da Fapemig

28 de julho de 2020

Iniciativa faz parte das ações da Fapemig para divulgar comercialmente inovações tecnológica

No início do mês de junho, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), com o apoio da Secretaria do Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, lançou o projeto “Vitrine Tecnológica”. A iniciativa consiste em um espaço hospedado no site da Fundação, no qual serão apresentadas tecnologias desenvolvidas por pesquisadores mineiros que podem vir a ser exploradas comercialmente.

O Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) é uma instituição reconhecida pelas suas inovações tecnológicas em diversas áreas. Foram disponibilizadas 5 dessas tecnologias desenvolvidas para serem dispostas na plataforma.

O pesquisador Armindo Santos, do Serviço de Nanotecnologia e Materiais Nucleares (SENAN), está à frente de duas delas tecnologias. A primeira é o “Método sol-gel de fabricação de microesferas metálicas com porosidade customizada”, utilizado em setores industriais como de energia nuclear, eletroeletrônico e mineração que, atualmente, apresentam demandas por ligas metálicas comuns ou especiais. Essa tecnologia apresenta um baixo custo de produção, além de uma alta reprodutibilidade, e pode ser aplicada, por exemplo, como adsorventes de metais pesados e outro elementos danosos aos seres humanos e ao meio ambiente. A segunda tecnologia é o “Método de fabricação de esferas adsorventes de alumina ativada via processo sol-gel apropriadas para a adsorção e captura de metais pesados presentes em baixas concentrações em grandes volumes de efluentes líquidos industriais”, com aplicabilidade na clarificação e eliminação de metais pesados de efluentes líquidos provenientes de diversos setores industriais, como metalurgia, fármacos e mineração. Atualmente, na indústria, existe uma necessidade crescente por métodos alternativos de tratamento de rejeitos líquidos que sejam econômicos e de fácil uso, como é o caso do método de adsorção.

Além disso, o CDTN também expõe na Vitrine Tecnológica trabalhos ligados às nanopartículas, à recuperação de rejeitos e à tratamentos de efluentes aquosos. A pesquisadora Edésia Sousa, do Serviço de Nanotecnologia e Materiais Nucleares (SENAN), lidera o “Processo de transformação bacteriana e transfecção celular utilizando nanopartícula híbrida”. As nanopartículas são uma alternativa simples e eficiente para a transferência de material genético em cultura de células in vitro e nos ensaios de transformação bacteriana.

O “Processo de recuperação de óxido de ferro da lama (rejeito) proveniente da concentração de minério de ferro”, é um projeto do pesquisador e coordenador do Programa de Pós-Graduação do CDTN, Fernando Lameiras, no qual é possível recuperar o ferro contido na lama residual proveniente de processos da mineração.

Já o pesquisador José Domingos Ardisson, também do SENAN, está a frente da pesquisa “O processo de degradação de efluentes aquosos com contaminantes orgânicos via aquecimento por indução magnética” utilizado no tratamento de efluentes aquosos contaminados por compostos orgânicos. A tecnologia apresenta baixo custo de aplicação, além de operar em pH neutro, o que faz com que não necessite de etapas de acidificação ou neutralização.

Mais sobre a iniciativa

Vitrine Tecnológica foi lançada com cerca de 100 pesquisas cadastradas advindas de diferentes regiões do estado e o intuito é que esse número cresça na medida em que os Núcleos de Inovação Tecnológica enviem novas tecnologias para serem incluídas no portfólio. Além disso, serão disponibilizadas tecnologias de pesquisadores independentes que não pertençam a instituições de pesquisa, mas que são apoiados de alguma forma pela Fapemig.

A ideia dessa iniciativa é que essas tecnologias sejam inseridas no mercado por meio do desenvolvimento de novos produtos, processos ou negócios. As soluções tecnológicas incluem diversos setores da economia, e trazem desde inovações nas áreas de alimentos e fármacos, até avanços voltados ao agronegócio. As tecnologias divulgadas têm requisição de proteção intelectual perante os órgãos competentes, ou seja, já possuem patente, registro de software ou de desenho industrial, dentre outras formas de proteção do conhecimento. No CDTN, cinco projetos participam da plataforma da Fapemig.

Acesse mais informações sobre a Vitrine Tecnológica no site da Fapemig.

Por Alice Queiroz, sob supervisão de Agatha Azevedo, da Assessoria de Comunicação
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