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CDTN participa de evento da Finep de incentivo à aplicação do grafeno

Evento discutiu as aplicações do grafeno na cadeia automotiva na sede da Finep, no Rio de Janeiro

Na última quinta-feira, 21, o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) participou do evento Grafeno no Rota 2030: Soluções para a Indústria Automotiva, por meio do projeto MGgrafeno. Com o objetivo de conectar a cadeia automobilística com as principais Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), empresas e startups que trabalham com a aplicação do material, cerca de 200 pessoas discutiram novas soluções estratégicas e tecnológicas em apresentações e rodadas de negócios.

Painel das Instituições de Ciência e Tecnologia com a pesquisadora Clascídia Furtado (Foto: Finep/Reprodução)

Painel das Instituições de Ciência e Tecnologia com a pesquisadora Clascídia Furtado (Foto: Finep/Reprodução)

No início da programação, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) apresentou o Programa Rota 2030, iniciativa que, através de incentivos fiscais para empresas do setor automotivo, promove investimento na inovação e modernização desse nicho a longo prazo e em todo o território nacional. Logo após a abertura, houve a apresentação do painel das ICTs, no qual o CDTN foi o primeiro a se manifestar. Em sequência, as empresas, que, em maioria, eram de autopeças e algumas montadoras, além de startups também realizaram suas exposições. Uma segunda etapa do evento consistiu nas rodadas de negócio. A cada rodada uma empresa se reunia com um instituto de ciência e tecnologia, com a qual mantinha um diálogo de 15 minutos contados sobre seus interesses e possíveis interfaces de relação entre as organizações.

Sérgio Filgueiras, chefe da Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento do CDTN, pontuou que o mais interessante do Grafeno na Rota 2030 foi perceber a efervescência e o dinamismo que os trabalhos e discussões sobre grafeno ganharam nos últimos anos. Para Filgueiras, o grande diferencial do material são suas aplicações, e, por isso, o grafeno se tornou um ponto chave para o ramo automobilístico.

Na ocasião, a pesquisadora Clascídia Furtado, uma das coordenadoras do projeto “MGGrafeno: Produção de grafeno a partir da grafite natural e aplicações”, apresentou os avanços do projeto. Seus usos nesse setor são variadas, vão dos compostos plásticos de grande resistência e durabilidade, até baterias (uma solução leve e com grande condutividade) e tintas protetoras (que podem evitar corrosão, por exemplo).

O grafeno é um material avançado oriundo da esfoliação do grafite. É uma camada hexagonal de átomos de carbono que une diversas propriedades químicas e físicas, como a leveza, alta condutividade térmica, alta resistência mecânica e a resistência à radiação. O relatório anual do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) Mineral Commodity Summaries aponta que o Brasil ocupa papel destaque quando o assunto é grafeno, pelo fato de possuir a segunda maior reserva mundial de grafite em área, e ser o terceiro maior produtor do mineral atualmente. Assim, a discussão se tornou ainda mais relevante e estratégica, e surgiu da demanda do estudo das aplicações do grafeno na indústria de reunir esforços específicos e mais sofisticados que vão além dos estudos das propriedades do material.

O projeto é uma parceria entre o CDTN, a UFMG e conta com o financiamento da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (CODEMGE). Em vigor desde 2016, em três anos, o projeto caminhou das pesquisas de bancadas para uma planta piloto que possui capacidade produtiva de 150 quilos por ano de grafeno. Em sua segunda etapa, iniciada em outubro, os objetivos do MGgrafeno incluem dobrar a capacidade da planta nos próximos anos, além de focar justamente no desenvolvimento das aplicações do material de maneira já customizada e em parceria com a indústria para sanar suas necessidades.

Painel das Instituições de Ciência e Tecnologia com a pesquisadora Clascídia Furtado (Foto: Finep/Reprodução), no dia 21 de novembroPainel das Instituições de Ciência e Tecnologia com a pesquisadora Clascídia Furtado, no dia 21 de novembro (Foto: Finep/Reprodução)

Participantes do evento Grafeno no Rota 2030: Soluções para a Indústria Automotiva (Foto: Finep/Reprodução)Participantes do evento Grafeno no Rota 2030: Soluções para a Indústria Automotiva (Foto: Finep/Reprodução)

 


Yaskara Martins, estagiária
Sob a supervisão de Deize Paiva, da Assessoria de Comunicação do CDTN

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