CDTN vai participar do Projeto APA CARSTE de Lagoa Santa
O CDTN vai participar, nos próximos quatro anos, do Projeto de Adequação e Implantação de uma Rede de Monitoramento de Águas Subterrâneas em Áreas com Cavidades Cársticas da APA Carste de Lagoa Santa.
O projeto faz parte do Plano de Ação para a Conservação do Patrimônio Espeleológico nas Áreas Cársticas da Bacia do Rio São Francisco, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Cavernas – CECAV, instituição vinculada ao ICMBio – Instituto Chico Mendes, do Ministério do Meio Ambiente.
A ampliação do conhecimento e conservação do patrimônio espeleológico deve levar em consideração a água como elemento essencial para a formação e preservação dos ecossistemas cársticos. O monitoramento da qualidade e quantidade da água é fundamental para a gestão integrada dos recursos hídricos, em especial em áreas sob forte pressão antrópica, como é o caso da região de Lagoa Santa, que tem sofrido um processo de franco desenvolvimento econômico.
Além disso, no atual momento de grave escassez hídrica, a formação calcária que ocorre na região de Lagoa Santa contempla uma das reservas hídricas mais importantes para o abastecimento urbano da região metropolitana de Belo Horizonte.
O Projeto tem como articulador o Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM, como coordenador o Instituto de Geociências da UFMG e outros participantes como o Serviço Geológico do Brasil – CPRM e o Instituto Estadual de Florestas – IEF.
Os recursos financeiros de R$ 2.190.664,00 são provenientes de compensação ambiental a serem desembolsados pela GERDAU USIMINAS. Metade do valor já se encontra depositado na FUNDEP, contratada para promover a gestão financeira do Projeto.
As técnicas a serem utilizadas pelo SEMAM incluem o mapeamento das interconexões subterrâneas com traçador fluorescente, o estudo dos isótopos estáveis do hidrogênio, do oxigênio e do carbono para determinação da origem, trajetória e mistura das águas, bem como sua interação com os minerais das rochas. Os isótopos radioativos do hidrogênio e do carbono serão utilizados para datar águas jovens e antigas, respectivamente.
O laboratório de geoprocessamento do SEMAM ficará responsável pela geração de todas as cartas temáticas geográficas e geológicas, bem como pela elaboração de mapas georrefenciados das demais atividades.
Fonte: Núcleo de Comunicação do CDTN
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