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O Acidente Radiológico de Goiânia, no Brasil

20 de Dezembro de 2018

Em setembro de 1987, a violação de uma fonte de Césio-137, de 51 TBq (TeraBecquerel), o que corresponde a 1.375 Ci (Curies), removida de uma unidade de teleterapia, em Goiânia (GO), deu origem a um acidente radiológico de magnitude até então jamais alcançada.

Foto 01 Ac Goiania 1987
Recolhimento e embalagem inicial de elementos contaminados pelo Acidente Radiológico de Goiânia (GO), em 1987

Na análise de Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., tecnologista do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), as proporções do acidente foram agravadas pelo longo tempo (duas semanas) decorrido entre o início do evento e sua notificação às autoridades nacionais competentes. A fonte de césio-137, na forma de cloreto, composto químico de alta solubilidade, e o seu inadequado manuseio, contribuíram para aumentar o número de pessoas e áreas contaminadas.

Pelos relatos do tecnologista Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., coordenador de Comunicação Social da CNEN, a instituição foi informada às 13h do dia 29 de setembro de que haviam várias pessoas contaminadas apresentando sintomas agudos de exposição à radiação. De imediato, providenciou o atendimento médico às vítimas, isolamento das áreas contaminadas, monitoração de pessoas, reconstituição do acidente e avaliação do impacto ambiental.

Foto 02 Ac Goiania 1987
Recolhimento das embalagens de contaminados pelo acidente radiológico para transporte para área de deposição

Mas, o manuseio direto da fonte ou de parte dela, a comercialização de materiais contaminados, os contatos sociais e/ou profissionais entre pessoas, a circulação de animais, ventos e chuvas, foram as principais vias de dispersão do césio-137.

Dessa forma, segundo Walter Ferreira, foram identificadas sete áreas como focos principais e as medidas radiométricas desses locais determinaram o seu imediato isolamento. Apresentaram contaminação residual vinte residências vizinhas aos focos principais, que foram desocupadas e mantidas isoladas até a completa descontaminação. Outras 22 residências, relacionadas com pessoas contaminadas, também apresentavam contaminação residual.

Foto 03 Ac Goiania 1987
Acondicionamento das embalagens iniciais e concretagem das embalagens finais no Depósito de Rejeitos resultante do Acidente Radiológico de Goiânia (GO), em 1987

Foram detectados níveis de contaminação em logradouros públicos com níveis de exposição da mesma ordem de grandeza que as do segundo grupo de residências. Essa avaliação foi ratificada por levantamento radiométrico aéreo e pelo sistemático rastreamento terrestre.

Em resumo, além das consequências imediatas à saúde de pessoas, incluindo a perda de quatro vidas humanas, as análises de monitoração ambiental mostraram que não houve contaminação de lençol freático, nem da água potável. Houve a necessidade de podas ou retirada de algumas árvores frutíferas e de eliminação de hortaliças nos principais locais contaminados, mas a contaminação, na quase totalidade da área, situou-se entre 40 e 60 cm de solo, de acordo com a perfilagem realizada.

Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. - jornalista

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